Livro novo
Um livro que reinventa a África e Brasil, de formas variadas, mas todas elas, com a devida licença poética, antirracista, decolonial e afrocêntrica.
Em tempos de censura, genocídio intelectual, retirada de direitos sociais/trabalhistas, fome, áridos afetos, repressões, disputas simbólicas e narrativas é preciso mais do que nunca desejar vida longa aos Versos Iorubanos…
Júlio Evangelista Santos Júnior, popularmente conhecido como Júlio Tumbi Are, tem 44 anos de idade e é natural de Santos/SP. Além de poeta, é militante do Movimento Negro, ativista na área de Direitos Humanos, capoeirista, candomblecista, ritmista de bateria de escola de samba (xisnoveano doente), professor de cursinho pré-vestibular comunitário para negros e carentes, formado em Tecnologia da Informação com ênfase em Gestão de Negócios, Direito, Ciências Sociais, graduando em Pedagogia, advogado e servidor público.
O menino que nasceu poesia, Júlio Tumbi Are, tornou-se Poeta…Esse incansável GIGANTE não só sob a ótica das demandas do presente e do passado, como também com o punho em riste, coragem, resistência, sensibilidade, delicadeza emaestria escreve os textos que compõem o livro – Ìfe àti Àjagbá.
Em suas páginas a potência da politização do amor negro, a majestosidade e a genialidade do povo preto, a saudade dos pais, Xangô, Oxum, Oyá, a luta histórica de seus ancestrais, o racismo e os seus efeitos, ginga, encantamento, arte…
A linguagem é um campo tensionado pela disputa de poder. Nesse sentido, cabe destacar que, conforme, nos explica, a escritora Lívia Natá-lia, “o livro é […], antes de tudo, um espaço inegociável de poder ao qual todas e todos queremos ocupar”.
Diante do exposto e considerando a publicação deste segundo volume do projeto Versos Iorubanos, destaco: reconheçamos a pertinência e a potência da produção literária produzida por mulheres negras e homens negros. É preciso lê-los, porque ainda insuficientemente pesquisados, estudados e lidos nas escolas, universidades, bibliotecas, livrarias…Isso, inclusive, nos obriga a repensar/refletir, até mesmo posturas teóricas quanto à análise e críticas literárias no espaço político da história social e literária brasileira.
Dentre as principais demandas, sem dúvida, a urgente elaboração de propostas de fortalecimento da articulação política contra o racismo por meio de políticas públicas no campo do direito elementar humano à leitura literária.
Em tempos de censura, genocídio intelectual, retirada de direitos sociais/trabalhistas, fome, áridos afetos, repressões, disputas simbólicas e narrativas é preciso mais do que nunca desejar vida longa aos Versos Iorubanos…
É mister compreendermos a magnitude desta obra e sua contribuição para as futuras gerações de leitores.
Rochele Nomzamo
(Pesquisadora e Parceira do Projeto Versos Iorubanos)
Livro 1
Abi Aiye foi o primeiro volume do Projeto Versos Iorubanos lançado em 2018 na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, bem como nos municipios de Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande e Peruíbe. Foi o ponto de partida para uma série de livros de poesias e contos que buscarão a partir de uma narrativa antirracista e afrocêntrica, um novo olhar sobre o negro no Brasil. A proposta de um título em iorubá tem como finalidade a reprodução crítica em solo brasileiro de uma África que (re)existe em nós e que se rearranja, contemporaneamente, de várias formas, todas elas tão peculiares quanto o racismo que as silencia, inviabiliza, quando não nos mata. Abi Aiye é resistência negra, desabafo, protagonismo, movimento, ação, amor, esperança e, acima de tudo, verdade.
“Ìfẹ́ àti Àjagbà”, ‘amor e luta’ em língua iorubá, é o segundo livro de poesias do Projeto Versos Iorubanos, publicação que é lançada com a proposta de dar continuidade a uma discussão de um novo Brasil. Sempre trazendo títulos e termos em língua iorubá, o projeto visa, propor novas perspectivas para que se erga um novo Brasil, um novo olhar sobre uma África, africanos e afro-brasileiros que permaneça (re)existindo em nós e que exista para além dos estereótipos. África e Brasil se reinventando de formas variadas, mas todas elas, com a devida licença poética, antirracista, decolonial e afrocêntrica no olhar do poeta iorubano.
“Ìfẹ́ àti Àjagbà” argumenta que não existe luta sem amor, que o combustível da batalha é a paixão pela vida, pela causa e pelos nossos ancestrais. Um livro corajoso que ousa falar de amor(es) sem medo de amar, de luta sem o temor de lutar. Que os Orixás nos abençoem e que nosso desabafo lírico chegue em todos quilombos da diversidade, do conhecimento. Axé!!!
Algumas
que estão no livro: Ìfẹ́ àti Àjagbà, Amor e Luta
…falemos de amor sempre em primeira pessoa, do plural de preferência, com ternura por excelência,
nossos casos são contados por poesias diaspóricas da africana
renascença,
seja meu sol que eu serei tua lua,
seja todo meu que eu serei toda tua,
que a nossa sentimentalidade seja sempre nua de vaidades ou orgulhos vis, porque desde que eu te vi, eu me decidi…
…quantas Áfricas possíveis, quantas riquezas e belezas reverberam na gente, no consciente e inconsciente,
no fazer, no agir, no ser e no estar, no ori e nas memórias, no sentir e no aguçar…
100 primeiras unidades frete incluso.
A partir de 15/02/2022 entregamos em até 10 (dez) dias úteis em qualquer lugar do Brasil a partir da confirmação do pagamento (Entregas via correio )
Pagamento por PIX
chave: versosiorubanos@gmail.com
100 primeiras unidades frete incluso.
A partir de 15/02/2022 entregamos em até 10 (dez) dias úteis em qualquer lugar do Brasil a partir da confirmação do pagamento (Entregas via correio )
Pagamento por PIX
chave: versosiorubanos@gmail.com
2024 © Versos Iorubanos
Todos os direitos reservados.
Entraremos em contato o mais breve possível.
Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossos sites, em serviços de terceiros e parceiros. Ao navegar pelo site, você autoriza a Versos Iorubanos a coletar tais informações e utiliza-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade